De olho no Web Summit. De olho no novo hub de tecnologia Europeu

 

Lisboa foi escolhida, depois de uma competição acirrada com as vizinhas Madri e Valência, a cidade que irá sediar o maior evento de tecnologia da Europa, o Web Summit, nos próximos 10 anos. A notícia foi dada pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa (equivalente ao prefeito municipal), Fernando Medina, pelo primeiro ministro Português, António Costa, e pelo fundador e CEO do Web Summit Paddy Cosgrave, em um evento, para o ecossistema criativo e de tecnologia lisboeta.

Estive na 2ª Edição do Web Summit, em 2017. Só naquele ano, foram 60 mil participantes, 1.300 investidores de capital de risco, 1.200 oradores e 25 conferências. O evento continuará na Arena Altice, situada na região mais nova e moderna de Lisboa, o Parque das Nações, que de nada tem dos azulejos tradicionais Portugueses. Uma área super moderna e que lembra e muito as grandes metrópoles mundiais. Tudo à beira do cintilante Rio Tejo.

Este ano será minha segunda participação, representando a iCustomer-Plusoft no Web Summit. O impacto que o evento me causou foi extremamente positivo. A quantidade de pessoas e a dinâmica do evento são impressionantes. É, talvez, o maior conglomerado de Start Ups de tecnologia que eu já tenha visto na Europa, com a presença de grandes empresas e iniciativas do Leste Europeu e da Ásia, o que torna o evento ainda mais singular e diferente do que estamos acostumados a ver nos Estados Unidos e no Brasil. Um mina de inovação para os investidores da área.

Mas o que me chama mais atenção, como empresário e empreendedor da área de tecnologia que sou, é o posicionamento de Lisboa como um grande hub de tecnologia Europeu. O passo dado pelo governo Português com mais 10 anos do Web Summit no país é emblemático, estratégico e, na minha opinião, abre portas, em definitivo, para o ecossistema tecnológico e de inovação brasileiro.

É um passo decisivo para Portugal ser a capital de empreendedorismo e de inovação que sempre quis e que este acordo vai mudar a cidade de forma “irreversível”, diz Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa. A visão de longo prazo do Prefeito lisboeta não só mostra a aposta do Governo Português para o país, como deixa um recado importante para os empreendedores e profissionais brasileiros que vislumbram expandir seus negócios na Europa: Portugal é a porta de entrada a ser escolhida.

O Governo Português tem concedido uma série de incentivos fiscais para estrangeiros, facilitado a abertura de empresas (leva-se 60 minutos para se abrir uma empresa em Portugal) e emitido tipos diferenciados de visto para brasileiros. Há de se notar um good will do país para com o Brasil, uma relação de amizade que vai além da diplomática.

Acredito que estamos presenciando a criação o maior hub de tecnologia da Europa. E esse gigante fala português. Fique de olho! Pois eu já estou.

Enquanto eu não volto com as novidades do Web Summit 2018, deixo aqui a matéria do jornal português O Observador, sobre o “dia do fico” do Web Summit. 

http://bit.ly/2S0pJsy

Sobre humanos e bots numa perspectiva cinematográfica

 

Não é de agora que a sociedade se vê em meio aos robôs. Você pode ainda não tê-los encontrado na rua ou batido um papo no Messenger, mas já andou de carro ou ônibus feitos por eles, usado um computador ou mesmo se divertido com as suas aparições na ficção cinematográfica.

Os robôs estão presentes nos mais variados objetos industriais que utilizamos. O setor tem usufruído da robótica por décadas, o que possibilitou transformar o seu processo produtivo na busca por maior automação, segurança e, claro, rentabilidade. Os robôs já são parte do time da indústria automotiva, naval, área, siderúrgica, por exemplo.

Convenhamos que esta perspectiva de olhar os robôs executando tarefas úteis para a sociedade, um tanto chatas, no meio daquela fábrica barulhenta, pode dar lugar a uma reflexão sobre humanos e bots inspirada no cinema. Que tal? Se você topar, vamos nessa!

Ex Machina

É curioso observar que o criador, o homem, continua e se esforçar a criar criaturas a sua semelhança, que respondam aos seus códigos e que supram suas necessidades fisiológicas, psicológicas e sociais. O enredo de Ex Machina vai um pouco além e representa a criatura robótica no sexo feminino, inserida em um meio masculino, supostamente controlado. Este longa intrigante traz em seus diálogos as aplicações da cibernética, da inteligência artificial e das relações humanas.

O Exterminador do Futuro

“I will be back!”, diz o personagem de Arnold Schwarzenegger, o Exterminador do Futuro, de James Cameron. O filme traz a culpa humana, embalada na esperança da salvação, numa perspectiva apocalíptica. O criador se esmera em construir um protetor exterminador, numa tentativa de evitar que a natureza humana estrague tudo que criou. É algo como: “vou colocar o Arnold no rolê pra não zoar geral”. Um sopro de arrependimento, de salvação, de esperança na forma de robôs assassinos e também salvadores.

Eu, robô

Nem os robôs escapam da natureza humana de construir relações e de cultivar algo tão vivo quanto o instinto de sobrevivência. O filme traz lembretes do que é ser humano ou será do que é ser robô? A relação com os pais, a identificação com outros de natureza parecida, a busca pela salvação e capacidade da ironia. Tudo tão humano, não é mesmo, não?

Star Wars

Exímio piloto espacial ou um gênio matemático. Que tal amigo e companheiro fiel? A combinação de competências técnicas e de características humanas de George Lucas, representada nos personagens robóticos C-3PO, R2-D2 e BB-8, aproxima crianças e adultos da realidade de se ter um robô por perto, no contexto social e de trabalho. Mesmo que tenham um biótipo próprio, sem rosto ou corpo humanos, eles são puro carisma.

2001 – Uma Odisséia no Espaço 

Há 50 anos chegava aos cinemas o filme 2001 – Uma Odisséia no Espaço, meu primeiro contato com o que poderia ser a inteligência artificial nos contextos da evolução humana, da tecnologia e da vida extraterrestre. Nascia uma obra prima de Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke, que se tornaria um marco cinematográfico e um dos filmes mais influentes da história, com uma perspectiva um tanto aterrorizante do predomínio dos robôs aos homens.

Blade Runner

Ridley Scott levou aos cinemas em 1982 o tema da consciência e das emoções artificiais. Trouxe com Blade Runner o cenário apocalíptico das megalópoles que, para um paulistano, a conexão com São Paulo ou o que pode ser a Cidade da Garoa no futuro bem próximo. Além de São Paulo nunca mais ter sido a mesma para mim, depois de ter assistido ao longa, a ideia dos Replicantes, andróides, serem apresentados mais humanos que nós, me deixa atormentado até o hoje. Genial!

De todas as criações humanas, o homem criador volta para si próprio quando faz robôs cada vez mais a sua semelhança.

 


Por Bruno Alves
Fundador e diretor executivo da iCustomer

ChatBots: o que é, onde habitam, do que se alimentam, ao que se destinam

25% das operações do serviço de atendimento ao cliente usarão assistentes virtuais até 2020. (Gartner 2018)

No último Gartner Customer Experience Summit, em fevereiro, o centro de pesquisa carimbou as previsões em tecnologia para os próximos cinco anos. Entre o aumento do uso da inteligência artificial e das fake news, o uso dos chatbots para os mais diversos fins B2B e B2C.

Falar das possibilidades de uso deste recurso tecnológico é um dos objetivos do post. Mas, antes, vamos ao back to basics e falar a real sobre o chatbots, da maneira mais simples e Globo Repórter possível.

O que é

Um programa computadorizado que automatiza algumas atividades, como conversar com o usuário (a pessoinha entre a cadeira e a tela) através de uma interface (tela do Messenger, Skype, WhatsApp, etc).

Onde habitam

Os chat (interfaces de conversas) + bots (robôs) são criados por desenvolvedores de tecnologias, hospedados em um servidor e plugados (conectados) a uma plataforma existente (Messenger, Skype, WhatsApp, Slack, por exemplo). O profissional ou a equipe de programação deve conectá-los a uma plataforma existente para ele aproveite a rede de pessoas que lá estão e travar uma conversa.

Do que se alimentam

Inteligência artificial é o espinafre do chatbot. É a energia que ajuda a entender a complexidade das demandas, a personalizar as respostas e a melhorar as interações com o tempo. Ainda hoje essa inteligência tem o human touch. É programada por profissionais humanos que configuram frases e expressões e suas respectivas respostas.

Ao que se destinam

Hollywood, há décadas, nos fala através de seus filmes que os bots foram criados para dominar o mundo. Já por aqui cabe apontar suas principais utilidades, sem pretensão de virar blockbuster.

Potencializar o atendimento ao cliente: os chatbots podem diminuir o tempo de espera e antecipar respostas mais simples, enquanto o time de atendimento se dedica ao atendimento mais complexo e valioso.

Aumentar vendas: ao endereçar as perguntas certas e conduzir uma história que culmina em um pacote, um produto ou um serviço ideal, os chatbots podem ajudar a otimizar vendas.

Valorizar a experiência de compra: estar próximo do cliente, após a compra do produto ou serviço pode ter a ajuda dos chatbots. Compra-se uma viagem e o chatbots ativar lembretes, oferece informações sobre o destino e até quem está sentado ao lado no avião.

Se você ou a sua empresa usarão chatbot, não sabemos. Mas que as pessoas estão preparadas para interagir com chatbots, isto sim, já está escrito nas estrelas. Opa! Não, nos artigos científicos.

As pessoas se interessam e estão dispostas a interagir com os chatbots para:

• Produtividade: pois eles promovem uma assistência e o acesso à informação mais rapidamente.

• Entretenimento: os chatbots divertem as pessoas com dicas engraçadas e úteis, revelando segredos de jogos online, como companhia para “matar o tempo”.

• Curiosidade: as pessoas querem conhecer como funcionam e explorar suas habilidades.

Quer saber mais sobre chatbots? Para os que dominam o inglês, o Facebook dá o tom aqui nesse vídeo. E o nosso time está preparado para te contar como funciona o nosso Facebook Bot. 😉

 


Por Bruno Alves
Fundador e diretor executivo da iCustomer