10 Dicas de ouro para a gestão de crises nas redes sociais

 

É inegável a forte relação do Brasil com a Internet, como fonte de pesquisa, ambiente de relacionamento e consumo. Se há relação, há troca. Se há oferta, há expectativa. Se há componente humano, fatalmente há erros, ruídos de comunicação e tudo mais que pode deixar alguém chateado do outro lado da tela, e gerar um problema ou uma crise para a marca.

Diante da relação íntima do brasileiro com a internet, é importante levantar a bola de que, apesar de o Brasil ter uma das populações mais ativas nas redes sociais, muito do seu acesso é motivado por conteúdos de entretenimento e conversas online. Nesse contexto, quando algo negativo surge de maneira mais viral, há como uma ruptura da matrix brazuca. O usuário brasileiro, então, sai do seu campo social e passa a reverberar ainda mais essa negatividade.

Enquanto profissionais e gestores de marcas, de atendimento ao cliente, do marketing e da comunicação, é imprescindível deixar a luz amarela ligada e ficar sempre atentos a tudo que se passa nas redes sociais sobre a nossa marca e clientes.

Já que o telhado é de vidro, compartilho 10 dicas de atitudes que podem fazer toda a diferença no final do dia na gestão e prevenção de crises nas redes sociais.

1# A procrastinação é inimiga da mitigação da crise de marca.

Evite acreditar que pode resolver a crise amanhã ou esperar o sinal divino. Pesquise a origem do problema, avalie sua intensidade e dê o sinal de fumaça para decidir a melhor tratativa.

2# Respostas bem intencionadas e impulsivas podem comprometer a reputação da marca.

Tenha o time de atendimento ao cliente nas redes sociais muito bem treinado. Por mais que haja boas intenções nas respostas, a conversa entre a marca e o cliente ou stakeholder deve ser sempre bem pensada e escrita.

3# A gestão de crises não é feita de um único herói. É uma questão de trabalhar em equipe.

O tratamento de uma crise de marca nas redes sociais envolve várias áreas. E sua eficácia está diretamente relacionada ao bom trabalho de equipe.

4# Discrição é palavra de ordem. Evite o Big Brother da crise.

O volume da negatividade em uma crise de marca nas redes sociais já é suficiente e não precisa de mais munição. Mantenha a discrição.

5# Trate a crise e não a alimente.

Comunique somente o necessário e o planejado. Seja eficiente.

6# Encerre a crise e trate o foco.

Com a crise tratada, é necessário entender o que a causou e tratar para que o problema não volta a acontecer.

7# A Internet de hoje não é a mesma de amanhã. Registre tudo.

Uma vez na Internet, sempre na Internet. Apesar de tudo ficar registrado na World Wide Web, o seu tempo e da sua equipe custam dinheiro. Portanto, o melhor é organizar e arquivar tudo que puder sobre a crise tratada. Será um ótimo recurso de aprendizado.

8# Monitore, monitore, monitore.

Em épocas de automação e da inteligência artificial, não há desculpas para não manter a vigília da marca e do seu entorno. Tenha uma boa ferramenta de social listening (experimente a nossa!).

9# Não subestime pequenos problemas.

O problema de hoje pode ser a crise de amanhã. Se há uma reclamação, investigue. Pode ser um sinal de que algo está errado e pode ser facilmente resolvido ou, talvez, o indício de uma crise por vir.

10# Trabalhe com a certeza de que haverá uma próxima crise.

Esteja preparado.


Por Isis Cristina
Gerente de Atendimento da iCustomer

Alerta. Mayday. S.O.S. de crise nas mídias sociais

 

Os profissionais de comunicação e de atendimento ao cliente que atuam em negócios como hidrelétricas, mineradoras, siderúrgicas e de bens de consumo estão habituados situações críticas, que exigem tratativas emergenciais operacionais e consequentemente de comunicação.

Imagine um vazamento químico na comunidade do entorno da empresa, o aumento de emissões prejudiciais à saúde, uma embalagem danificada, um alimento vencido ou um objeto não identificado ou até identificado na lata de leite do bebê. Podemos dar inúmeros exemplos de situações problema ou de crise empresarial, que deixam a equipe de comunicação da empresa envolvida em estado de alerta e prontos para uma ação rápida.

No contexto de crise, as mídias sociais passam a ser tanto o terror como o termômetro para as equipes de crise. O terror porque funcionam como uma TV em tempo real do facto negativo em vigor (um programa que nenhum profissional que atua na marca gosta de ver). E o termômetro porque se permite acompanhar a intensidade, a evolução e regressão da crise.

Opa! Chegamos ao ponto C-rítico. Receber alertas inteligentes e relevantes é tão obrigatório quanto saber que é preciso monitorar as mídias sociais no contexto de crise. A liderança das equipes de comunicação e de atendimento ao cliente precisa estar munida de manifestações relevantes sobre o contexto. Afinal, não há tempo a perder e ficar catando agulha no palheiro. E definir o que é relevante preciso é!

  1. Aderência com a empresa + ocorrido: é natural que as menções positivas sobre a empresa pausem em um contexto de crise. Torna-se crucial captar as menções sobre a situação negativa atual. É necessário atualizar a configuração da ferramenta de monitoramento com as palavras-chaves relacionadas ao problema/crise.
  2. Influência: diga o que e o quanto influencias que te direi quem és. É crucial que a empresa conheça os influenciadores e autoridades na sua área. Vale um double-check na lista de influenciadores já rastreados. É o momento de reforçar a atenção neles. Pois numa situação de crise eles poderão atuar como detratores ou embaixadores poderosos nas redes sociais.
  3. Alcance: números contam sim. O poder de multiplicação de algo negativo já é muito maior do que para assuntos positivos. Monitorar perfis com quantidade acima de 5 mil seguidores é uma estratégia a ser seguida.

A combinação desses três atributos de relevância é certamente o que deverá ser configurado na ferramenta de monitoramento para rastrear, identificar e automatizar a notificação de manifestações (alertas de crise). Dessa forma, todos os envolvidos na tratativa de crise receberão alertas relevantes, quando um perfil com esses atributos combinados publique algo na Internet.

Além de vasculhar automaticamente os três atributos de relevância, a ferramenta de monitoramento (como a nossa, o iC Monitor) ainda pode filtrar por, antes de alertar:

  • Quantidade de comentários;
  • Quantidade de compartilhamentos;
  • Quantidade de curtidas;
  • Sentimento negativo;
  • Sentimento positivo;
  • Post público;
  • Hashtags;
  • Mídia foto;
  • Mídia vídeo;
  • Quantidade de caracteres.

A gente sabe o quanto as empresas trabalham para construir a sua reputação e como as mídias sociais têm desafiado as marcas a manterem-na da forma mais íntegra possível. Por isso, é importante ter as melhores ferramentas e inteligência ao alcance e prontas a serem ativadas. É neste sentido que a automatização para o monitoramento das redes sociais é, sem dúvida, um aliado na manutenção da reputação de marca. Receber alertas de manifestações relevantes e no timing certo pode mudar o curso da estratégia de tratativa de uma crise empresarial, e colocar a marca em vantagem.

Somos apaixonados por ajudar nos cuidados da reputação da marca. Nossos alertas não doem. Eles doses estratégicas de cura. Inteligência, automação e humanização. Nossa fómula iCustomer preferida de (a) entender.

Converse com o nosso consultor iCustomer sobre a ferramenta iCustomer e a funcionalidade de alertas de crises.


Por Bruno Alves
Fundador e diretor executivo da iCustomer

Gestão de crises nas redes sociais: quem é quem nesse jogo

O consumidor vai e corta pela lateral. O SAC deixa passar, sem resolver o problema. O consumidor faz uma manobra pelo blog bombado da influencer. A torcida levanta pra apoiar. A marca continua defendendo o conteúdo. O consumidor chuta pro gol e o estádio vai abaixo. O problema virou crise. É gol! É crise!  É hora de colocar o time em campo para reverter esse jogo.  

Há a gestão de crises de marca antes e depois das redes sociais. Os baby boomers e, talvez, a geração Y certamente lembram dos acidentes aéreos das falecidas VARIG e VASP na década de 80. Os casos emplacaram os jornais e notícias de TV do país, com direito a plantão da Globo e tudo. Nada de Twitter, Facebook, Messenger, WhatsApp. As notícias ficavam nos mesmos meios, sem a interação das pessoas ou com o conteúdo gerado por elas.

A trajetória da crise gerada por esses acidentes seria bem diferente com as redes sociais. Imagine como seria a repercussão, hoje, do vôo VARIG 254 que caiu no meio da Amazônia e teve parte dos sobreviventes perambulando perdidos, esfomeados e machucados na floresta por dia. Daria praticamente um reality show nas redes sociais, com heróis, vilões, vítimas e o arquivilão: a marca.

A redes sociais instituem uma outra lógica na reverberação dos acontecimentos, mais potência na disseminação, mais abrangência e um conteúdo que foge totalmente do controle da marca, feito por qualquer pessoa com acesso à Internet. Se antes das redes sociais, a marca precisava de uma equipe robusta de comunicação, marketing e, dependendo da dimensão da crise, advogados, hoje, a equipe de gestão de crise adiciona outros profissionais das mesmas áreas, mais agilidade e tecnologia.

Quem joga no time de gestão de crises nas redes sociais

Capitão do time (líder da gestão de crises): também chamado de líder da gestão de crises, é destacado dentro da marca para coordenar os profissionais de todas as áreas internas e externas (terceiros) envolvidas: comunicação, marketing, digital e áreas envolvidas. Já estas áreas costumam ter os seus próprios líderes de gestão de crises. Nos casos de grandes marcas, o líder da gestão de crises tem o desafio de coordenar os líderes da equipe digital (publicidade), de Relações Públicas, do SAC 3.0 e do monitoramento, muitas vezes áreas que atuam como terceiros, em separado, fora da empresa em crise.

Ponteiro (Conteúdo Digital): a comunicação de uma marca não pode parar com uma crise. É preciso sim que o conteúdo promovido durante o período de crise passe por uma adequação e até por uma avaliação prévia do líder de gestão da crise. Se há uma crise a ser solucionada por uma empresa que possui uma boa reputação, o conteúdo ponta de lança que relembre os pontos fortes da marca, que atualize o seu público das tratativas da crise e que mostre que a marca continua é fundamental.

Meio de campo (Monitoramento): mapear a repercussão da crise nas redes sociais, blogs e websites, identificar possíveis “advogados de defesa e de acusação”, e perfis influentes que podem apoiar nas ações de mitigação trazem insumos essenciais para o gerenciamento de crises na Internet. As ferramentas de monitoramento, com alertas de crises automatizados e uma equipe preparada para gerar insights e relatórios que abastecem todo o grupo de gestão de crises com informações relevantes para as decisões estratégicas no processo é o conjunto da obra mandatório.

Lateral (SAC 3.0): o fluxo de informação de uma crise de marca em épocas de redes sociais tende aumentar e até exceder o volume médio de atendimento via SAC. O analista de SAC 3.0 traz a responsabilidade de atender as manifestações geradas pela e sobre a crise. Os atendimentos ganham o recurso valioso da tecnologia com os softwares de SAC 3.0, que permitem: identidade a manifestação, filtrá-la e priorizá-la automaticamente, visualizar o perfil do usuário, responder à manifestação, guardar todo o histórico de manifestações e tratativas e emitir um relatório que deve ser compartilhado com a equipe de gestão de crises. O SAC 3.0 é ainda um importante termômetro da evolução e contenção da crise.

Zagueiro (Relações Públicas): guardião da reputação da marca, sua atuação transcende os jornais impressos, rádio e TV. O guardião alimenta a grande mídia com informações relevantes que possam minimizar a crise, ao passo que gerencia os portais de notícias, blogs e influenciadores que também precisam ser abastecidos com informações, mas, acima de tudo, coordenados numa perspectiva de gestão de crise. A atuação do zagueiro vai além da defesa, quando este fomenta o ciclo online de conteúdo positivo e esclarecedor nos grandes meios e que estes passam a ser replicados pelos usuários. É preciso zelar pelas informações verdadeiras provenientes da marca, assim como é preciso responder condizentemente a possíveis manifestações sensíveis que retornam do público, através das redes sociais.

Time que joga na gestão de crises nas redes sociais tem que jogar junto, ser ágil, utilizar as ferramentas estrategicamente, e usar das especialidades da área para um único objetivo, que não é ganhar o jogo. É preservar a reputação da marca.  


Por Isis Cristina
Gerente de Atendimento da iCustomer